Abrir um açougue em Uberlândia é o sonho de muitos empreendedores que querem um negócio sólido, tradicional e com alta demanda.
A cidade é uma das mais fortes de Minas Gerais, com bairros em expansão, um setor alimentício aquecido e uma cultura que valoriza o bom churrasco.
Mas, junto com as oportunidades, também surgem as dúvidas:
- Quais documentos são necessários?
- Quanto custa para começar?
- Preciso de alvará da vigilância sanitária?
- E como pagar menos impostos legalmente?
Calma! Este guia vai te mostrar o passo a passo para abrir um açougue em Uberlândia, de forma simples, didática e sem enrolação.

Índice
Toggle1. Antes de tudo: planeje seu açougue
Todo açougue de sucesso começa com um bom planejamento.
Antes de abrir o CNPJ, entenda qual será o seu modelo de negócio.
Pergunte-se:
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Que tipo de açougue quero montar — tradicional, gourmet ou delivery?
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Quem será meu cliente: famílias, churrasqueiros, restaurantes ou todos?
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Quanto posso investir no início?
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Qual faturamento espero nos primeiros meses?
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Quem são meus concorrentes e o que posso fazer melhor?
Essas respostas ajudam a evitar erros e montar um negócio rentável desde o início.
Mesmo que seja simples, anote tudo em um plano de negócios — ele será o seu mapa para crescer com segurança.
Na prática: planejar é o primeiro passo para evitar desperdícios, reduzir riscos e tomar decisões com base em dados, não em achismos.
2. Escolha o endereço ideal para seu açougue
O ponto comercial é um dos fatores mais importantes para o sucesso do seu açougue.
Uberlândia tem uma excelente variedade de bairros e zonas comerciais — e o local certo pode ser decisivo para atrair clientes e vender mais.
Antes de fechar contrato, faça uma Consulta de Viabilidade no site da Junta Comercial de Minas Gerais (JUCEMG).
Esse processo confirma se o endereço escolhido é autorizado para abrir um açougue segundo as normas municipais.
Você pode usar:
- Um ponto comercial próprio ou alugado — ideal para o atendimento ao público.
- Endereço fiscal — se o local de manipulação for outro (como um centro de distribuição).
- Endereço residencial, apenas para funções administrativas, sem manipulação de carnes.
Dica: o contador pode cuidar dessa análise e garantir que o endereço atenda às exigências da Prefeitura e da Vigilância Sanitária de Uberlândia.
3. Escolha o tipo de empresa: MEI, ME ou EPP
Essa decisão define quanto você pode faturar, se poderá ter funcionários e quais impostos vai pagar.
Veja as opções:
MEI — Microempreendedor Individual
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Faturamento até R$ 81 mil/ano
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Apenas 1 funcionário
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Impostos baixos e fixos
Atenção: o MEI não é permitido para açougues, pois envolve manipulação de alimentos e exige licenças sanitárias.
ME — Microempresa
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Faturamento até R$ 360 mil/ano
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Pode ter sócios e vários funcionários
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Pode escolher o regime tributário
Ideal para quem está começando um açougue de pequeno porte e quer crescer com estrutura.
EPP — Empresa de Pequeno Porte
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Faturamento entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões/ano
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Permite crescimento e equipe maior
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Pode aderir ao Simples Nacional
Na prática: escolher o tipo certo evita pagar mais impostos e garante crescimento sustentável.
4. Escolha a natureza jurídica: EI, SLU ou LTDA
A natureza jurídica define como a sua empresa “existe no papel” — quem é o dono, se há sócios e como fica o patrimônio.
EI — Empresário Individual
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Um único dono
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Sem separação de bens pessoais e empresariais
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Abertura simples, mas com risco patrimonial
SLU — Sociedade Limitada Unipessoal
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Um único dono
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Separação de bens pessoais e da empresa
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Modelo mais seguro e usado atualmente
Ideal para quem vai abrir o açougue sozinho.
LTDA — Sociedade Limitada
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Dois ou mais sócios
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Responsabilidade de cada um limitada ao capital social
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Boa opção para negócios familiares ou em parceria
Resumo rápido:
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Sozinho? SLU.
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Com sócios? LTDA.
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Quer começar rápido, assumindo riscos? EI.
5. Escolha as atividades do seu açougue (CNAEs)
O CNAE é o código que define oficialmente o que a sua empresa faz.
Para açougues, o CNAE principal mais comum é:
4722-9/01 — Comércio varejista de carnes (açougue)
Você também pode incluir CNAEs secundários, como:
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4729-6/99 — Comércio varejista de alimentos não especificados
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5723-7/00 — Comércio varejista de bebidas
Dica: escolha com cuidado, pois o CNAE influencia os impostos, as licenças e a possibilidade de enquadramento no Simples Nacional.
6. Defina o regime tributário ideal
O regime tributário é o sistema que determina como sua empresa vai pagar impostos.
Escolher errado pode custar caro.
As principais opções são:
Simples Nacional
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Faturamento até R$ 4,8 milhões/ano
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Reúne até 8 impostos em uma única guia (DAS)
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Menos burocracia e boa economia
É o regime mais indicado para açougues de pequeno e médio porte.
Lucro Presumido
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Faturamento até R$ 78 milhões/ano
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Imposto calculado sobre uma margem de lucro pré-definida
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Bom para empresas com margens altas e custos controlados
Lucro Real
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Sem limite de faturamento
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Imposto baseado no lucro efetivo
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Indicado para grandes negócios com despesas elevadas
Na prática: simule as opções com seu contador e descubra qual regime te faz pagar menos e lucrar mais.
7. Licenças e alvará sanitário para abrir um açougue em Uberlândia
Agora que sua empresa está estruturada no papel, é hora de cuidar das licenças obrigatórias.
Como o açougue manipula carnes e produtos perecíveis, ele precisa cumprir normas rígidas de higiene e segurança alimentar.
As principais licenças são:
Alvará de Funcionamento
Emitido pela Prefeitura de Uberlândia, autoriza oficialmente a abertura do estabelecimento.
Para conseguir, é necessário apresentar o CNPJ, contrato social e o laudo sanitário.
Licença da Vigilância Sanitária
Etapa essencial.
A Vigilância faz uma vistoria para verificar:
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Estrutura do açougue (paredes, piso, ventilação e limpeza);
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Equipamentos de refrigeração e armazenamento;
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Higiene dos funcionários e controle de pragas.
Após a aprovação, você recebe o alvará sanitário, que deve ser renovado periodicamente.
Licença do Corpo de Bombeiros
O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) é obrigatório.
Ele certifica que o local tem extintores, saídas de emergência e instalações seguras.
Licença Ambiental (casos específicos)
Caso haja descarte de resíduos orgânicos ou abate próprio, pode ser exigida licença ambiental junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Dica: organize todos os documentos e conte com um contador que conheça as exigências da Prefeitura e Vigilância Sanitária de Uberlândia.
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8. Como abrir um açougue em Uberlândia passo a passo
Veja o resumo prático:
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Escolha o tipo de empresa (ME ou EPP);
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Defina a natureza jurídica (SLU ou LTDA);
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Escolha os CNAEs;
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Faça a Consulta de Viabilidade;
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Elabore o Contrato Social;
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Registre na Junta Comercial;
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Solicite o CNPJ;
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Tire as licenças e alvarás;
-
Abra conta PJ e inicie as operações.
Com o suporte de uma contabilidade especializada, tudo pode ser feito em poucos dias — sem burocracia e com segurança.
Conclusão
Abrir um açougue em Uberlândia é uma excelente oportunidade de negócio.
A cidade tem consumo forte, cultura gastronômica e espaço para quem quer crescer com qualidade e planejamento.
Com as orientações certas, você economiza tempo, evita erros e começa com tudo regularizado — pronto para vender, crescer e lucrar.
Empreender é desafiador, mas com um bom plano e uma contabilidade especializada ao seu lado, o sucesso é só questão de tempo.
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Perguntas Frequentes sobre abrir um açougue em Uberlândia
1. Quanto custa para abrir um açougue em Uberlândia?
O investimento inicial pode variar entre R$ 40 mil e R$ 120 mil, considerando estrutura, equipamentos e capital de giro.
2. Preciso de licença da Vigilância Sanitária?
Sim. É obrigatória e garante que o local atende às normas de higiene e manipulação de alimentos.
3. Posso abrir um açougue como MEI?
Não. A atividade de açougue não é permitida como MEI, pois envolve manipulação de carnes e produtos perecíveis.
4. Qual o melhor regime tributário para açougues?
Geralmente o Simples Nacional é o mais vantajoso, mas é importante fazer simulações com seu contador.
5. Quanto tempo leva para abrir um açougue?
Com toda a documentação correta, o processo leva de 5 a 10 dias úteis, dependendo da liberação dos órgãos públicos.
6. Quais documentos são necessários?
Documentos pessoais, contrato social, comprovante do ponto comercial, laudo sanitário e licenças municipais.
7. Como escolher o ponto ideal?
Procure locais com bom fluxo, visibilidade e fácil acesso. Regiões residenciais ou próximas a supermercados tendem a ter ótima demanda.







