Abrir uma empresa em Uberlândia é o sonho de muita gente que quer empreender.
A cidade é uma das mais promissoras de Minas Gerais, com forte desenvolvimento econômico, ampla infraestrutura e inúmeras oportunidades para quem deseja começar um negócio próprio.
Mas se você ainda não sabe nem por onde começar, calma. É completamente normal se sentir perdido diante de tantos termos técnicos, exigências legais e decisões importantes.
Este guia foi escrito especialmente para quem é leigo no assunto.
Aqui, você vai entender o passo a passo completo para abrir sua empresa em Uberlândia, com explicações simples e práticas — como se um contador experiente estivesse conversando diretamente com você.

Índice
ToggleAntes de continuar: aprenda com quem já empreende em Uberlândia (Podcast Especial)
Antes de avançar para as etapas práticas, vale muito a pena ouvir quem já passou pelo processo de abrir e fazer um negócio prosperar em Uberlândia. Por isso, gravamos um episódio especial do podcast da SABER Contábil com um dos empresários mais influentes e bem sucedidos de Uberlândia, Ricardo Rocha.
Ele foi fundador de empresas de tecnologia como Softbox, Kelex e Solução Certa, que foram vendidas em uma única operação ao Magazine Luiza — uma transação avaliada na casa de nove dígitos.
Hoje, Ricardo segue à frente de novos projetos de alto impacto: a Blips — startup que faturou cerca de R$ 200 milhões em 2024 e está avaliada em aproximadamente R$ 500 milhões. E ainda a Topway — marca de suplementos e alimentação saudável, com dezenas de produtos que vão de whey protein, barras e snacks proteicos à acessórios fitness.
Ouvir sua visão no podcast abaixo é ter acesso a anos de experiência em criar, escalar e vender negócios de forma estratégica e sustentável.
Planeje seu negócio
Todo negócio de sucesso começa com um bom planejamento.
Antes mesmo de abrir o CNPJ, é essencial elaborar um plano de negócios — um documento que organiza suas ideias e transforma o sonho em um projeto viável.
Esse plano funciona como um mapa, ajudando você a enxergar o caminho antes de dar os primeiros passos. Além disso, ele permite antecipar desafios e entender o que será necessário para o negócio funcionar de forma sustentável.
Para começar, responda a algumas perguntas básicas:
- O que exatamente a sua empresa vai oferecer?
- Quem é o seu cliente ideal?
- De quanto capital inicial você vai precisar?
- Qual a sua meta de faturamento nos primeiros meses?
- Quem são seus principais concorrentes?
Não precisa ser nada complexo. O importante é ter clareza sobre o que você está construindo.
Afinal, o planejamento é o que diferencia uma boa ideia de um negócio realmente lucrativo.
Na prática, um bom planejamento evita desperdícios e permite que suas decisões sejam guiadas por dados — e não por achismos.
Defina o endereço da sua empresa
Escolher o endereço da sua empresa é mais importante do que parece. Isso porque ele define onde o CNPJ será registrado, de onde as notas fiscais serão emitidas e quais licenças municipais serão exigidas.
Por esse motivo, antes de alugar ou registrar o local, você deve realizar a Consulta de Viabilidade no site da Junta Comercial de Minas Gerais (JUCEMG).
Esse passo confirma se o tipo de atividade pode ser exercido naquele endereço e evita retrabalho ou indeferimentos.
Dependendo do seu modelo de negócio, você pode usar:
- Ponto comercial: ideal para quem atende clientes presencialmente.
- Coworking: excelente opção para quem busca economia e praticidade.
- Endereço residencial: permitido em alguns casos, especialmente para prestadores de serviços administrativos.
Importante: A SABER Contábil pode cuidar de todo esse processo, garantindo que seu endereço esteja dentro das normas municipais e pronto para o registro do CNPJ.
2.1 Custos para abrir uma empresa em Uberlândia
Abrir uma empresa em Uberlândia é mais acessível do que muitos imaginam.
O valor total para abrir a empresa muda conforme o tipo de empresa e as licenças necessárias.
- Taxas da JUCEMG para registro;
- Certificado digital (para emissão de notas fiscais);
- Taxas municipais da Prefeitura de Uberlândia (alvará e localização);
- Honorários contábeis para abertura e regularização.
Além disso, pode haver pequenas variações de acordo com o porte e a complexidade da atividade.
Escolha o tipo de empresa: MEI, ME ou EPP
Definir o tipo de empresa é uma das decisões mais importantes — e também uma das mais mal compreendidas por quem está começando.
Essa escolha determina quanto sua empresa pode faturar, se poderá ter sócios e quais impostos precisará pagar.
Veja as principais opções:
MEI — Microempreendedor Individual
Para quem está começando a empreender, o MEI costuma ser a porta de entrada mais simples e acessível. Esse enquadramento foi criado exatamente para formalizar pequenos negócios, reduzir burocracias e oferecer um caminho seguro para quem está validando uma ideia ou iniciando uma atividade sem grandes estruturas.
Além disso, ele é bastante vantajoso porque possui custos baixos e regras simplificadas, o que facilita a rotina de quem ainda está dando os primeiros passos como empresário.
- Faturamento anual: até R$ 81 mil
- Funcionários: permite apenas um colaborador
- Abertura: registro gratuito e 100% online
- Atenção: algumas atividades não podem ser MEI (profissões regulamentadas como médicos, engenheiros e desenvolvedores ficam de fora)
Como você pode perceber, o MEI funciona muito bem para negócios pequenos, mas possui limitações que exigem atenção.
Por isso, quando a empresa cresce, aumenta o faturamento ou precisa contratar mais colaboradores, torna-se essencial planejar a transição para ME ou EPP, evitando problemas fiscais e garantindo continuidade saudável.
ME — Microempresa
A Microempresa (ME) é o próximo passo natural para negócios que já evoluíram além do MEI. Ela oferece maior flexibilidade, mais possibilidades de atuação e liberdade para escolher entre diferentes regimes tributários. Assim, a ME funciona como uma estrutura mais completa e preparada para empresas que começaram a crescer e precisam de profissionalização.
- Faturamento: até R$ 360 mil por ano
- Sociedade: permite ter sócios e contratar mais funcionários
- Regimes tributários: pode optar pelo Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real
- Perfil ideal: empresas que buscam crescer com organização e segurança
Esse enquadramento é especialmente vantajoso porque abre espaço para expansão, entrada de novos sócios, aumento da equipe e atuação em praticamente todos os CNAEs permitidos no país. Dessa forma, a ME se torna a base para empresas que desejam evoluir com mais solidez, controle e estratégias de longo prazo.
EPP — Empresa de Pequeno Porte
Quando o negócio entra em fase de expansão consistente, o enquadramento como EPP passa a ser o mais adequado. Ele oferece toda a estrutura jurídica de uma empresa madura, com mais capacidade operacional e possibilidade de atuar em mercados maiores.
- Faturamento: entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões por ano
- Indicação: ideal para negócios que estão crescendo rapidamente
- Vantagem: possibilidade de aderir ao Simples Nacional e manter a tributação simplificada
A EPP é extremamente estratégica porque mantém a empresa dentro de um porte sustentável enquanto possibilita escala, participação em licitações, ampliação de equipe e aceleração do crescimento. Além disso, esse enquadramento permite maior previsibilidade tributária, o que favorece planejamento financeiro e decisões estratégicas importantes.
Como você viu, entender a diferença entre MEI, ME e EPP é essencial para garantir que sua empresa cresça no ritmo certo — dentro da lei, com a menor carga tributária possível e com total segurança jurídica. Cada porte atende uma fase diferente do negócio, e escolher corretamente evita pagamento de impostos indevidos, reduz riscos de desenquadramento e assegura um caminho sustentável para expandir sua atuação.
Escolha a natureza jurídica: EI, SLU ou LTDA
Depois de definir o tipo de empresa ideal, o próximo passo é escolher a natureza jurídica, ou seja, o formato legal que determinará como o negócio será estruturado. Essa decisão é muito importante, pois define o nível de responsabilidade do empreendedor, a proteção do patrimônio pessoal e até a forma como a empresa poderá crescer ao longo do tempo.
Além disso, uma escolha inadequada pode trazer riscos futuros, especialmente em situações de dívidas, entrada de sócios ou expansão da operação.
A seguir, veja as opções mais utilizadas:
- EI (Empresário Individual): modelo simples e rápido, mas sem separação entre bens pessoais e empresariais, o que aumenta o risco patrimonial.
- SLU (Sociedade Limitada Unipessoal): excelente para quem empreende sozinho e deseja proteção patrimonial, pois separa totalmente os bens pessoais dos bens da empresa.
- LTDA (Sociedade Limitada): ideal para quem tem um ou mais sócios e precisa de uma estratégia jurídica mais robusta, com divisão clara de responsabilidades.
Por isso, contar com orientação contábil evita erros estruturais e garante que a empresa comece já no formato mais seguro e vantajoso.
EI — Empresário Individual
O Empresário Individual (EI) é geralmente escolhido por quem está começando um negócio de forma simples, rápida e com baixo nível de formalidade. Esse modelo é comum entre profissionais que desejam iniciar sozinhos, sem sócios, e que priorizam menos burocracia no dia a dia. No entanto, apesar da praticidade, o EI apresenta riscos importantes, especialmente relacionados ao patrimônio pessoal, e por isso precisa ser analisado com cuidado antes da abertura.
Características essenciais
O formato não permite sócios, o que significa que toda a responsabilidade recai sobre uma única pessoa. Além disso, não há separação entre bens pessoais e bens da empresa, de modo que eventuais dívidas, processos ou obrigações tributárias podem atingir o patrimônio do titular. Como ponto positivo, o EI opera com uma estrutura simples e com menos formalidades. Apesar disso, o capital social é livre e não oferece proteção jurídica.
Vantagens
O principal atrativo do EI é a abertura rápida e com baixo custo. Além disso, a gestão cotidiana se mantém menos formal, o que facilita a rotina de empreendedores que desejam começar imediatamente. Essa simplicidade, contudo, deve ser analisada com cautela, já que ela vem acompanhada de riscos importantes.
Desvantagens
O maior problema desse modelo é o risco patrimonial elevado, pois o empreendedor responde com seu próprio CPF. Outra limitação relevante é que a entrada de sócios exige mudança de natureza jurídica, o que pode gerar custos e trâmites adicionais. Por isso, esse formato precisa ser escolhido apenas quando o empreendedor entende os riscos envolvidos.
Quando considerar EI
O EI pode fazer sentido para operações de baixo risco jurídico e financeiro, como serviços individuais sem equipe e sem exposição significativa. Além disso, é adequado para quem precisa abrir uma empresa imediatamente e está confortável com o risco patrimonial que esse tipo jurídico impõe. Ainda assim, mesmo nesses casos, é recomendável avaliar alternativas mais seguras.
SLU — Sociedade Limitada Unipessoal
A Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) é uma das naturezas jurídicas mais modernas do país e se tornou a opção ideal para quem deseja empreender sozinho, mas com proteção patrimonial e estrutura jurídica sólida. Diferentemente do EI, a SLU oferece segurança, flexibilidade e capacidade de expansão, sem obrigar o empreendedor a ter sócios.
Vantagens
A principal vantagem é a proteção do patrimônio pessoal, um diferencial significativo em comparação ao EI. Além disso, a abertura é simples, a manutenção é menos burocrática e o modelo permite a futura entrada de sócios de maneira prática, transformando-se facilmente em uma LTDA. Dessa forma, a SLU une segurança e flexibilidade para quem planeja crescer.
Desvantagens
A SLU exige mais formalidades do que o EI, como contrato ou ato constitutivo e regras societárias organizadas. Também demanda rigor na separação financeira, como conta bancária específica, pró-labore formalizado e documentação organizada. Apesar disso, esses cuidados ajudam a preservar a responsabilidade limitada.
Quando considerar SLU
Esse modelo é ideal para quem deseja empreender sozinho com risco reduzido e com possibilidade de expansão. Também é recomendado para empresas que possuem equipe, contratos maiores ou exposição trabalhista e tributária significativa. Assim, a SLU se torna a escolha preferida para quem busca segurança, organização e futuro crescimento.
LTDA — Sociedade Limitada (com sócios)
A Sociedade Limitada (LTDA) é indicada para negócios que envolvem dois ou mais sócios, como empresas familiares, sociedades técnicas e startups. Esse formato oferece forte proteção jurídica, flexibilidade contratual e estrutura ideal para operações maiores ou em crescimento. Por esse motivo, é uma das naturezas jurídicas mais utilizadas no Brasil.
Características essenciais
A LTDA exige pelo menos dois sócios e seu patrimônio é separado da pessoa física dos envolvidos. Isso significa que a responsabilidade de cada sócio se limita ao valor das quotas definidas no capital social. Além disso, a governança é regulada pelo Contrato Social, documento que determina administração, poderes, quóruns, regras de entrada e saída, lucros, sucessão e obrigações de cada sócio.
Vantagens
Entre os principais benefícios estão a proteção patrimonial, a flexibilidade para criar regras internas e a facilidade para captar novos sócios ou investidores. O Contrato Social permite estabelecer cláusulas específicas, como não concorrência, vesting e regras de governança, adaptando o modelo às necessidades da empresa. Assim, a LTDA oferece equilíbrio entre liberdade e segurança jurídica.
Desvantagens
Por outro lado, esse formato tem mais formalidades, como necessidade de registrar alterações contratuais e manter governança organizada. Também exige alinhamento constante entre os sócios para evitar conflitos. Mesmo assim, essas exigências fortalecem a estrutura da empresa e reduzem riscos futuros.
Quando considerar LTDA
A LTDA é a melhor escolha quando há dois ou mais empreendedores, quando o negócio exige divisão clara de funções e quando o plano inclui crescimento com entrada de novos sócios ou investidores. Para operações mais estruturadas, é uma opção altamente profissional e segura.
EI x SLU x LTDA: qual escolher?
A escolha depende diretamente dos objetivos do empreendedor e do nível de segurança desejado. Quem busca proteção patrimonial, mas quer empreender sozinho, deve considerar a SLU. Se o negócio já nasce com sócios, a LTDA é a estrutura mais adequada. No entanto, para operações extremamente simples e de baixo risco, o EI pode ser suficiente, desde que o empreendedor esteja ciente da exposição do seu patrimônio pessoal.
Pontos legais e detalhes importantes
Alguns aspectos jurídicos podem mudar completamente o nível de segurança da empresa. Por isso, é essencial observar:
- A responsabilidade limitada não é blindagem absoluta. Casos de fraude, confusão patrimonial ou má-fé podem resultar na desconsideração da personalidade jurídica.
- O capital social precisa ser compatível com o porte da empresa. Valores irreais reduzem a eficácia da proteção.
- A separação financeira deve ser rigorosa, incluindo conta bancária própria, emissão correta de notas, pró-labore definido e documentação organizada.
- Alterações de natureza jurídica são possíveis, mas geram custos e exigem trâmites formais.
- O Contrato Social bem elaborado é essencial, pois define regras e evita conflitos internos.
Esses cuidados garantem segurança jurídica, fortalecem a governança e reduzem riscos fiscais e patrimoniais.
Documentos e passos (visão prática)
Para abrir uma empresa com segurança jurídica e evitar retrabalho, é essencial seguir uma sequência organizada de etapas. Cada fase influencia diretamente o tempo de abertura e o enquadramento fiscal correto, por isso entender o fluxo ajuda empresários a iniciarem suas atividades com mais clareza e menos riscos. Além disso, quando o processo é bem planejado, a empresa começa a operar rapidamente e sem pendências legais.
Passos fundamentais:
- Definição do objeto social e CNAEs, além do endereço, sempre após a Consulta de Viabilidade da prefeitura.
- Elaboração do Contrato Social (LTDA) ou Ato Constitutivo (SLU); no caso do EI, é utilizado um termo de constituição mais simples.
- Registro na Junta Comercial do estado, que formaliza juridicamente a empresa.
- Emissão do CNPJ, tornando o negócio oficialmente ativo perante a Receita Federal.
- Obtenção das inscrições municipal e/ou estadual, além de licenças obrigatórias como alvará e autorizações sanitárias, quando a atividade exige esse tipo de licença.
- Abertura de conta bancária PJ e correta parametrização fiscal no sistema da empresa.
Seguir esses passos de forma estruturada evita atrasos, indeferimentos e custos adicionais, permitindo que a empresa comece a operar de maneira regular desde o primeiro dia.
Erros comuns (e como evitar)
Muitos empreendedores cometem erros simples que geram consequências graves ao longo do tempo. Por isso, identificar esses pontos antes da abertura é fundamental para garantir segurança jurídica e tributária. Além disso, corrigir falhas estruturais depois que a empresa já está funcionando costuma ser mais caro e trabalhoso.
Os equívocos mais frequentes incluem:
- Escolher EI apenas pela facilidade, ignorando o risco ao patrimônio pessoal.
- Criar uma LTDA sem um Contrato Social detalhado, o que abre espaço para conflitos societários.
- Misturar finanças pessoais e empresariais, o que fragiliza a responsabilidade limitada e pode gerar desconsideração da personalidade jurídica.
- Desconsiderar licenças obrigatórias, como alvará de funcionamento, zoneamento e vigilância sanitária, quando obrigatório.
Quando esses erros são evitados desde o início, a empresa inicia suas atividades com muito mais segurança, reduzindo riscos de autuações, conflitos entre sócios e problemas com órgãos reguladores.
Como a SABER Contábil ajuda
Quando o empresário conta com uma equipe especializada desde o primeiro passo, o processo de abertura se torna mais simples, seguro e estrategicamente planejado. A SABER Contábil atua analisando o modelo de negócio, o nível de risco da atividade, os objetivos de crescimento e a necessidade ou não de sócios antes de indicar a natureza jurídica mais adequada entre EI, SLU ou LTDA.
Além disso, nossa equipe elabora o Contrato Social ou Ato Constitutivo com cláusulas modernas e alinhadas às melhores práticas — incluindo regras de quórum, distribuição de lucros, sucessão, entrada e saída de sócios. Também conduzimos todo o processo de registro na Junta Comercial, obtendo CNPJ, inscrições e licenças, para que a empresa comece a operar com plena conformidade.
Esse suporte especializado dá ao empreendedor mais tranquilidade e reduz riscos jurídicos e tributários, permitindo focar no crescimento do negócio.
Escolha as atividades da empresa (CNAEs)
Depois de definir a natureza jurídica, é essencial escolher corretamente as atividades econômicas que a empresa irá exercer. Isso ocorre por meio dos CNAEs, códigos oficiais que descrevem de forma padronizada o que o negócio faz. Essa escolha precisa ser feita com cuidado, pois influencia diretamente a tributação, as licenças exigidas e todas as obrigações acessórias.
Além disso, selecionar CNAEs compatíveis com o presente e com o futuro da empresa evita limitações no crescimento.
Por exemplo, se uma empresa de marketing pretende expandir para consultoria ou tecnologia, é possível incluir essas atividades como CNAEs secundários, garantindo flexibilidade operacional e evitando alterações posteriores.
Como funciona o CNAE
Cada CNAE representa uma atividade reconhecida pelo governo. No momento da abertura, você deverá indicar:
- CNAE principal – a atividade que melhor descreve o foco do negócio;
- CNAEs secundários – atividades complementares que podem ser exercidas paralelamente ou futuramente.
Assim, se uma loja vende roupas, mas também pretende comercializar calçados, essa combinação deve aparecer nos registros. A empresa usa esses códigos em todos os registros oficiais, como CNPJ, notas fiscais e licenças.
Por que a escolha do CNAE é tão importante
A definição correta do CNAE não é apenas uma formalidade. Ela impacta diretamente:
- Regime tributário: determina se você poderá aderir ao Simples Nacional ou se ficará no Presumido ou Real.
- Enquadramento empresarial: identifica se a atividade é permitida para MEI.
- Licenciamento obrigatório: mostra se a empresa precisará de alvará, vigilância sanitária ou autorização de conselho profissional.
- Obrigações acessórias: define quais declarações fiscais deverão ser enviadas.
Quando o CNAE é escolhido de maneira inadequada, podem surgir problemas como pagamento indevido de impostos, multas por enquadramento incorreto ou até impedimento de funcionamento. Portanto, analisar o CNAE com estratégia é indispensável para evitar riscos desde o início.
Dica profissional
Ao definir suas atividades, pense estrategicamente no presente e no futuro do negócio. Caso pretenda expandir — por exemplo, começar prestando serviços e depois incluir comércio eletrônico — inclua desde o início os CNAEs secundários compatíveis. Assim, você reduz retrabalhos, evita gastos com alterações cadastrais e mantém a operação funcionando sem atrasos desnecessários.
Defina o regime tributário ideal
Depois de escolher o CNAE, o próximo passo é definir o regime tributário, uma decisão que influencia diretamente o valor dos impostos e o nível de obrigações fiscais da empresa. Como essa escolha afeta o caixa e a competitividade do negócio, ela deve ser feita com atenção e, preferencialmente, com apoio contábil especializado.
Principais regimes tributários disponíveis
Simples Nacional
O Simples Nacional reúne vários impostos em uma única guia e, por isso, costuma ser mais fácil de administrar. Ele atende empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano e, em muitos casos, oferece carga reduzida. No entanto, pode perder eficiência quando a empresa cresce, tem folha pequena ou se enquadra em anexos com alíquotas mais altas.
Lucro Presumido
No Lucro Presumido, o governo calcula o imposto com base em percentuais fixos que estimam o lucro da empresa.. Esse formato tende a ser vantajoso para negócios com boa margem e estrutura simples. Apesar disso, exige controles contábeis mais atentos e obrigações separadas para cada tributo — o que aumenta a responsabilidade do empreendedor.
Lucro Real
O Lucro Real utiliza o lucro efetivo para calcular os impostos. Ele costuma beneficiar empresas com margens menores ou despesas elevadas, já que permite deduzir gastos operacionais. Embora seja o regime mais técnico, também é o mais transparente e exigido em diversos segmentos que atuam com contratos maiores ou auditorias.
Como escolher o regime certo
A escolha do regime tributário deve considerar fatores como faturamento, margem de lucro, CNAE, estrutura de custos, número de funcionários e até mesmo o plano de crescimento. Por esse motivo, simular cenários antes da decisão é indispensável. Dessa maneira, você identifica o impacto real no caixa e evita surpresas ao longo do ano.
Checklist rápido: passo a passo para abrir sua empresa em Uberlândia
Antes de formalizar o negócio, é importante seguir uma sequência lógica que evita retrabalhos e acelera a abertura da empresa. Por isso, o checklist abaixo ajuda a visualizar todas as etapas de forma clara e objetiva.
- Defina o nome e o tipo do negócio.
- Realize a consulta de viabilidade na JUCEMG, garantindo que a atividade e o endereço são permitidos.
- Escolha o porte empresarial (MEI, ME ou EPP) conforme o faturamento previsto.
- Determine a natureza jurídica (EI, SLU ou LTDA) de acordo com o nível de proteção patrimonial desejado.
- Selecione corretamente os CNAEs e o regime tributário, assegurando enquadramento adequado.
- Registre o contrato social e solicite o CNPJ para concluir a constituição formal da empresa.
- Requer o alvará na Prefeitura de Uberlândia, quando obrigatório para a atividade.
- Abra a conta bancária PJ para iniciar as operações com organização e segurança.
Ao seguir esse passo a passo, o empreendedor avança pelas etapas sem esquecer pontos essenciais e, dessa forma, inicia a atividade com estrutura correta desde o primeiro dia.
A importância da orientação contábil
Contar com uma contabilidade experiente faz diferença porque cada escolha — como CNAE, porte, regime tributário e natureza jurídica — altera diretamente o valor dos impostos e o nível das obrigações fiscais.
Na SABER Contábil, nós analisamos o modelo de negócio, o fluxo financeiro e o plano de crescimento para indicar a estrutura mais vantajosa para a empresa. Além disso, essa avaliação técnica garante economia tributária, previsibilidade de custos e segurança jurídica, elementos fundamentais para um crescimento saudável e sustentável.
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Conclusão: transforme sua ideia em um negócio de sucesso
Encerrar o processo de abertura de empresa exige mais do que simplesmente gerar um CNPJ; é o momento em que sua ideia começa a se tornar realidade. Quando o empreendedor planeja cada etapa, entende seus próprios objetivos e recebe orientação especializada, a formalização deixa de ser um desafio burocrático e se torna um passo estratégico para crescer com segurança.
A SABER Contábil atua de forma ativa durante toda essa jornada. Nossa equipe acompanha cada fase, explica os impactos de cada decisão e organiza a documentação necessária com rapidez e precisão. Dessa maneira, você avança com confiança e evita erros que poderiam custar tempo ou dinheiro.
Se você deseja formalizar o seu negócio com tranquilidade, estrutura e suporte técnico completo, fale com a SABER Contábil. Nós cuidamos de toda a parte contábil, fiscal e legal, enquanto você mantém o foco no que realmente importa: construir uma empresa sólida, lucrativa e preparada para crescer.
Perguntas Frequentes sobre como abrir uma empresa em Uberlândia
1. Quanto tempo leva para abrir uma empresa em Uberlândia?
O prazo médio varia de 3 a 10 dias úteis, dependendo da atividade e da documentação. O processo inclui registro na Junta Comercial, emissão do CNPJ e liberação do alvará municipal.
2. É possível abrir uma empresa usando meu endereço residencial?
Sim, em alguns casos é permitido. Atividades sem atendimento ao público ou sem impacto urbano podem utilizar o endereço residencial, desde que aprovadas pela Prefeitura após a Consulta de Viabilidade.
3. Qual é o custo médio para abrir uma empresa?
Os custos dependem do tipo de empresa, natureza jurídica e licenças exigidas. Em geral, incluem taxas da Junta Comercial, registro e alvarás. Para MEIs, o registro é gratuito e 100% online.
4. Qual regime tributário é melhor para começar?
Depende do faturamento e do tipo de atividade. O Simples Nacional costuma ser o mais vantajoso para micro e pequenas empresas, mas vale analisar também o Lucro Presumido e o Lucro Real com auxílio contábil.
5. Posso abrir uma empresa sozinho, sem sócio?
Sim. É possível abrir uma empresa individual como MEI, EI ou SLU. A SLU é a mais recomendada por oferecer proteção patrimonial, mantendo separados os bens pessoais e os da empresa.







