Escolher o regime tributário adequado é uma decisão que influencia não apenas o valor pago em impostos, mas também o fluxo de caixa, o preço final dos produtos e até a competitividade da empresa. Por isso, quando o negócio cresce, aumenta sua estrutura ou passa a operar com margens mais apertadas, torna-se fundamental avaliar se o Lucro Real pode ser a opção mais vantajosa.
Além disso, entender esse regime é essencial para evitar pagamentos indevidos, já que muitos empresários acabam arcando com tributos maiores do que deveriam simplesmente por desconhecer como o Lucro Real funciona. Dessa forma, compreender a lógica do regime, seus cálculos e suas vantagens permite tomar decisões mais seguras e alinhadas à realidade financeira do negócio.
Ao longo deste guia, você encontrará uma explicação clara, prática e estruturada, como se um contador experiente estivesse conversando diretamente com você.

Índice
Toggle1. O que é o Lucro Real
O Lucro Real é um regime tributário em que os impostos são calculados com base no lucro efetivo da empresa, ou seja, naquilo que realmente sobra após o pagamento de todas as despesas operacionais. Por isso, quando a empresa lucra pouco, paga menos imposto; quando apresenta prejuízo, não paga IRPJ nem CSLL.
Além disso, esse modelo é especialmente vantajoso para empresas que trabalham com margens reduzidas, custos elevados ou forte variação no faturamento. Isso ocorre porque o regime acompanha fielmente o desempenho financeiro do negócio, garantindo que o imposto seja proporcional ao resultado real.
Outro ponto relevante é que o Lucro Real permite compensar prejuízos fiscais de períodos anteriores, limitado a 30% do lucro futuro, o que proporciona alívio tributário em operações sujeitas a sazonalidade.
2. Por que o Lucro Real existe
O Lucro Real foi criado para garantir que empresas com operações mais complexas ou sensíveis paguem impostos proporcionais ao que realmente ganham. Em muitos setores, o faturamento é alto, mas os custos também são — e tributar por presunção seria injusto.
Além disso, algumas atividades exigem precisão absoluta, como:
- instituições financeiras,
- seguradoras,
- cooperativas de crédito,
- empresas com lucros vindos do exterior.
Com o tempo, entretanto, muitas empresas menores passaram a optar pelo Lucro Real. Isso ocorre porque, em vários casos, elas pagavam mais imposto no Lucro Presumido do que deveriam, já que suas margens reais eram menores que as margens presumidas pelo governo.
Em resumo: o Lucro Real existe para garantir justiça tributária e maior precisão no cálculo dos impostos.
3. Quem é obrigado a trabalhar com Lucro Real
Algumas empresas são obrigadas a adotar o Lucro Real. Essa imposição não depende de escolha e, portanto, deve ser seguida desde o início das operações. Entre os principais grupos obrigatórios estão:
- Empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões anuais
- Instituições financeiras
- Seguradoras e empresas de previdência privada
- Empresas de factoring
- Negócios que recebem lucros do exterior
- Empresas com benefícios fiscais específicos
Se sua empresa não está nessa lista, você pode optar por outro regime. Ainda assim, vale analisar se o Lucro Real pode oferecer economia — e muitas vezes ele realmente oferece.
4. Quem pode optar pelo Lucro Real voluntariamente
Apesar da obrigatoriedade para alguns grupos, qualquer empresa pode adotar o Lucro Real, e isso é mais comum do que parece. Muitos empresários escolhem esse regime ao perceber que o Lucro Presumido não reflete sua realidade financeira. Isso ocorre especialmente quando:
- a margem real é menor que a margem presumida,
- há muitos custos dedutíveis,
- existe uso intenso de insumos,
- o faturamento oscila muito,
- a empresa possui créditos relevantes de PIS e COFINS,
- há necessidade de precisão tributária.
Portanto, se o lucro efetivo é menor do que o governo presume no outro regime, o Lucro Real tende a ser mais vantajoso..
5. Como o Lucro Real funciona na prática
Para entender o funcionamento do Lucro Real, imagine algo simples: o governo quer saber quanto realmente sobrou para a empresa depois de pagar todas as despesas.
O cálculo segue três etapas:
- A contabilidade registra todas as receitas.
- Deduz os custos e despesas permitidas pela legislação.
- Aplica ajustes fiscais, que aumentam ou diminuem o lucro contábil.
O resultado final é o Lucro Real, que servirá como base para IRPJ e CSLL.
Por isso, quanto mais organizado for o controle financeiro, mais preciso será o cálculo — e maior a chance de economia.
6. Como o lucro é apurado (explicação simples)
O cálculo do Lucro Real funciona como um fechamento de caixa empresarial mais elaborado.
A fórmula básica é:
Lucro Real = Receitas – Despesas + Ajustes fiscais
Isso significa que:
- despesas dedutíveis reduzem o imposto,
- ajustes obrigatórios podem elevar o lucro tributável,
- a organização documental influencia diretamente o valor final.
Dessa forma, o regime exige controle rigoroso, mas devolve precisão tributária e segurança fiscal.
7. Formas de apuração: anual e trimestral
A empresa pode apurar o Lucro Real de duas formas: trimestral ou anual. Cada modelo tem impactos diferentes no fluxo de caixa, por isso é importante entender como funcionam.
7.1 Lucro Real Trimestral
No Lucro Real trimestral, a empresa calcula e fecha o resultado quatro vezes por ano:
- 31 de março
- 30 de junho
- 30 de setembro
- 31 de dezembro
Esse formato oferece:
- mais previsibilidade,
- pagamentos proporcionais a cada trimestre,
- redução do risco de ajustes grandes no fim do ano.
No entanto, não permite compensar prejuízos entre trimestres do mesmo ano.
7.2 Lucro Real Anual
No Lucro Real anual, a empresa faz a apuração definitiva apenas no fechamento do ano, mas paga impostos mensalmente por estimativa.
Esse modelo oferece:
- maior flexibilidade,
- possibilidade de compensar prejuízos dentro do próprio ano,
- mais segurança para empresas com faturamento instável.
Por isso, ele costuma ser ideal para empresas com sazonalidade.
8. Como calcular o Lucro Real na prática
Agora vamos ao ponto que mais interessa ao empresário: o cálculo dos impostos.
Para facilitar, observe o exemplo abaixo.
A empresa teve, no trimestre:
- Receita: R$ 500.000
- Despesas dedutíveis: R$ 430.000
- Lucro contábil: R$ 70.000
- Ajustes fiscais: + R$ 5.000
- Lucro Real: R$ 75.000
Com isso, já é possível calcular o IRPJ e a CSLL.
8.1 Cálculo do IRPJ
O IRPJ é calculado com base em duas regras:
- Alíquota principal: 15% sobre o lucro real
- Adicional: 10% sobre o lucro que ultrapassar R$ 20.000 por mês
No exemplo dado:
- 15% × R$ 75.000 = R$ 11.250
- Não há adicional relevante, porque o lucro mensal médio ultrapassou pouco o limite.
Resultado:
IRPJ devido: R$ 11.250
8.2 Cálculo da CSLL
A CSLL é ainda mais simples:
- Alíquota fixa de 9% sobre o lucro real
Assim:
- 9% × R$ 75.000 = R$ 6.750
Somando IRPJ + CSLL:
Total de impostos sobre o lucro: R$ 18.000
É comum que esse valor seja menor do que o cobrado no Lucro Presumido quando a empresa opera com margens reduzidas.
9. Como funciona o PIS e o COFINS no Lucro Real
Além do IRPJ e da CSLL, o Lucro Real também exige o pagamento de PIS e COFINS, que funcionam no regime não cumulativo. Isso significa que a empresa paga alíquotas maiores, porém recebe créditos que reduzem significativamente o imposto final.
Essa é uma das maiores vantagens do Lucro Real, especialmente para empresas com custos elevados.
9.1 Alíquotas do Pis e Cofins no Lucro Real
As alíquotas são:
- PIS: 1,65%
- COFINS: 7,6%
Essas alíquotas são aplicadas sobre a receita da empresa.
No entanto, como o regime permite créditos, o valor final pode cair bastante.
9.2 O que gera crédito
Os créditos são aplicados sobre diversos itens essenciais para o funcionamento da empresa, como:
- insumos,
- matéria-prima,
- energia elétrica,
- serviços terceirizados,
- aluguel,
- logística e armazenagem.
Quanto maior o uso desses elementos, maior o benefício do regime.os insumos costumam se beneficiar desse regime. Quanto maior o custo dedutível, maior a economia.
9.3 Exemplo de cálculo com créditos
Suponha que a empresa faturou R$ 200.000 no mês e teve R$ 60.000 em despesas que geram crédito.
- Base tributável = 200.000 – 60.000 = R$ 140.000
Agora aplique as alíquotas:
- PIS: 1,65% × 140.000 = R$ 2.310
- COFINS: 7,6% × 140.000 = R$ 10.640
Total:
R$ 12.950
Sem créditos, o total seria R$ 18.500.
Ou seja, houve uma economia de R$ 5.550 no mês.
10. Obrigações acessórias do Lucro Real
O Lucro Real exige uma rotina maior de entregas fiscais, mas o empresário não precisa conhecer detalhes técnicos sobre cada declaração. O mais importante é saber que elas existem e que precisam estar em dia para evitar problemas com o fisco.
As principais obrigações acessórias são:
- ECD
- ECF
- EFD-Contribuições
- DCTFWeb
- eSocial
- SPED Fiscal (quando aplicável)
- Declarações municipais de ISS
Esses documentos fazem parte da rotina regular do regime e ficam sob responsabilidade da contabilidade.
11. Vantagens do Lucro Real
Agora que você já entendeu o funcionamento e as obrigações, é importante analisar as vantagens. Muitas empresas descobrem que o Lucro Real traz mais economia do que imaginavam.
A seguir, veja os principais benefícios e entenda por que esse regime pode ser estratégico para o seu negócio.
11.1 Impostos proporcionais ao lucro
O maior benefício do Lucro Real é a proporcionalidade.
Se a empresa lucra menos, paga menos.
Se tem prejuízo, não paga IRPJ nem CSLL.
Isso torna o regime mais justo e alinhado à realidade operacional.
11.2 Aproveitamento de créditos de PIS e COFINS
No regime não cumulativo, a empresa pode reduzir o imposto final através de créditos.
Assim, empresas com muitos insumos ou serviços terceirizados conseguem reduzir a carga tributária mês a mês.
11.3 Compensação de prejuízos
O Lucro Real permite compensar prejuízos fiscais futuros, limitado a 30% do lucro de cada período.
Isso mantém o caixa mais equilibrado e evita cobranças indevidas.
11.4 Maior segurança fiscal
Como o regime exige contabilidade completa, a empresa tende a ter menos riscos em fiscalizações e maior transparência financeira.
12. Desvantagens do Lucro Real
Apesar das vantagens, o Lucro Real também possui pontos de atenção. Entender esses aspectos é essencial antes de escolher o regime. Dessa forma, você evita surpresas e entende exatamente o que esperar do modelo.
12.1 Contabilidade mais complexa
O Lucro Real exige controle rigoroso das despesas e receitas.
Sem organização, o cálculo pode ficar incorreto.
12.2 Mais obrigações acessórias
O regime demanda mais declarações e maior rotina de conferência, o que aumenta a responsabilidade administrativa.
12.3 Custo operacional maior
Como há mais processos envolvidos, o custo contábil pode aumentar.
Ainda assim, esse custo geralmente compensa pela economia tributária.
12.4 Pode ser menos vantajoso quando a margem é alta
Se a empresa tem margens confortáveis e operação simples, o Lucro Presumido pode ser mais barato.
13. Comparativo: Lucro Real × Lucro Presumido × Simples Nacional
Antes de escolher o regime tributário ideal, é essencial comparar os três modelos mais usados no Brasil. Dessa forma, você entende como cada um se comporta e identifica qual deles combina melhor com o perfil da sua empresa.
A tabela abaixo resume as principais diferenças entre os regimes.
13.1 Tabela comparativa
| Regime Tributário | Como calcula os impostos | Quando faz sentido | Carga aproximada | Complexidade |
| Lucro Real | Lucro efetivo | Margens baixas e custos mais altos | 13% a 18% | Alta |
| Lucro Presumido | Margem estimada | Margens médias e altas | 11% a 14% | Média |
| Simples Nacional | Faturamento total | Micro e pequenas empresas | 6% a 19% | Baixa |
Essa tabela permite visualizar rapidamente as diferenças práticas entre os regimes. Ela também mostra por que o Lucro Real pode ser vantajoso para empresas com margens menores. Como o imposto acompanha o lucro efetivo, ele se adapta melhor ao desempenho financeiro do negócio.
14. Quando o Lucro Real vale a pena
O Lucro Real se torna especialmente vantajoso em cenários onde o cálculo baseado em presunção gera distorções. Isso acontece com frequência quando a empresa tem margens baixas, custos elevados ou faturamento instável. Nessas situações, o Lucro Real acompanha a realidade da operação e evita que o empresário pague mais impostos do que deveria.
Veja os cenários mais comuns em que o Lucro Real tende a gerar economia:
- Margem de lucro inferior a 20%
- Muitos insumos ou despesas operacionais dedutíveis
- Créditos relevantes de PIS e COFINS
- Oscilação de faturamento durante o ano
- Prejuízos acumulados a compensar
- Terceirização intensa
- Operações complexas com alto custo fixo
Em todos esses casos, o Lucro Real se adapta de forma natural ao comportamento financeiro da empresa, o que aumenta a precisão tributária.
15. Exemplos práticos de quando o Lucro Real é mais vantajoso
Para facilitar a compreensão, observe alguns cenários reais em que o Lucro Real costuma superar o Lucro Presumido.
15.1 Empresa com alto custo de insumos
Indústrias, negócios de alimentação e empresas com intensa compra de matéria-prima geram muitos créditos de PIS e COFINS.
Como consequência, o Lucro Real reduz a carga tributária de forma significativa.
15.2 Empresas com faturamento instável
Quando o faturamento varia bastante — como em comércios sazonais, distribuidoras e empresas de serviços sob demanda — o Lucro Presumido costuma cobrar imposto acima da realidade.
No Lucro Real, os impostos acompanham o desempenho do negócio.
15.3 Empresas com margem reduzida
Se o negócio trabalha com margem apertada, a presunção do Lucro Presumido pode ser mais alta que a margem real.
Nesses casos, o Lucro Real evita que o empresário pague imposto sobre um lucro que não existe.
15.4 Empresas com prejuízo contábil
Quando a operação apresenta prejuízo, o Lucro Real permite não pagar IRPJ e CSLL.
Além disso, parte do prejuízo pode diminuir lucros de períodos futuros, o que gera economia adicional.
16. Atenção: despesas que NÃO reduzem o imposto
Apesar de o Lucro Real permitir que muitas despesas reduzam o lucro tributável, algumas não podem ser deduzidas. Isso é importante porque impacta diretamente o cálculo final.
Entre elas estão:
- multas,
- doações,
- despesas sem nota fiscal,
- despesas pessoais dos sócios,
- gastos que não tenham relação direta com a atividade.
Manter essas despesas separadas do fluxo da empresa evita problemas fiscais e garante que o cálculo seja feito corretamente.
17. Checklist: como saber se o Lucro Real é o regime ideal
Para ajudar você a decidir com mais confiança, responda às perguntas abaixo.
Se a maioria for “sim”, há grandes chances de o Lucro Real ser a melhor escolha.
- Sua margem de lucro é inferior a 20%?
- Você tem muitos custos ou despesas dedutíveis?
- A empresa usa insumos, matéria-prima ou serviços terceirizados em volume significativo?
- O faturamento varia bastante?
- Você tem créditos relevantes de PIS e COFINS?
- Existem prejuízos acumulados a compensar?
- A empresa precisa de mais precisão tributária?
- O Lucro Presumido parece cobrar imposto acima da realidade?
- Sua contabilidade está organizada e atualizada?
Se a maioria das respostas foi positiva, o Lucro Real tende a trazer benefícios claros ao negócio.
18. Na prática: como fazer a escolha certa
No dia a dia, a escolha do regime tributário não deve ser feita por intuição. Ela precisa ser técnica.
O ideal é comparar os números da empresa nos três regimes:
- Lucro Real
- Lucro Presumido
- Simples Nacional
Essa simulação normalmente revela diferenças consideráveis. Em muitos casos, o Lucro Real reduz a carga tributária de forma significativa porque acompanha os resultados reais da operação.
Empresas que buscam pagar apenas o necessário e manter conformidade fiscal tendem a se beneficiar bastante desse modelo.
20. Conclusão: o Lucro Real vale mesmo a pena?
O Lucro Real é um regime mais detalhado, mas também mais justo e preciso. Ele acompanha o que a empresa realmente ganha, evitando que o empresário pague imposto além do necessário. Isso faz diferença especial em negócios com margens baixas, custos altos ou faturamento instável.
Além disso, o regime permite compensação de prejuízos, créditos de PIS e COFINS e maior clareza na gestão financeira. Como consequência, ele se torna uma ferramenta poderosa para quem busca controle tributário e economia real.
Mesmo assim, a decisão não deve ser tomada sem análise. O ideal é comparar os três regimes com base nos números reais da sua empresa. Dessa forma, você consegue enxergar claramente qual modelo gera o melhor resultado tributário.
Se você deseja tomar essa decisão com segurança, o apoio de uma contabilidade especializada faz toda a diferença.
Fale com a SABER Contábil para entender, com clareza, qual regime é o mais vantajoso para o seu negócio. Uma análise profissional pode evitar pagamentos indevidos e trazer previsibilidade ao seu planejamento fiscal.
Leia também:
- Lucro Presumido: como funciona, regras, cálculos e quando vale a pena
- Simples Nacional: Guia Completo Para 2025
- Reforma Tributária: como revisar contratos e preços com a nova tributação
FAQ – Perguntas Frequentes sobre Lucro Real
1. O Lucro Real sempre vale a pena para empresas com margem baixa?
Na maioria dos casos, sim. Quando a margem é reduzida, o imposto calculado sobre o lucro efetivo tende a ficar menor do que no Lucro Presumido. No entanto, é importante analisar os custos operacionais e os créditos de PIS e COFINS, porque esses fatores podem aumentar ainda mais a economia no Lucro Real. Mesmo assim, a decisão deve ser baseada em simulações reais.
2. Empresas pequenas podem escolher o Lucro Real sem correr riscos?
Sim. O tamanho da empresa não impede a escolha do regime. O que realmente importa é o perfil financeiro. Se o negócio tiver margem baixa, muitos insumos ou faturamento instável, o Lucro Real pode ser vantajoso mesmo para empresas menores. Por outro lado, é importante ter contabilidade organizada para evitar inconsistências no cálculo.
3. O Lucro Real reduz o imposto para empresas que têm muitos fornecedores?
Na maioria das vezes, sim. Como o regime permite créditos sobre insumos, energia e serviços, empresas com muitos fornecedores conseguem reduzir PIS e COFINS de forma significativa. Além disso, como o imposto acompanha o lucro real, o regime se adapta melhor a operações com custos altos. Ainda assim, é necessário analisar cada tipo de despesa para confirmar se ela gera crédito.
4. O Lucro Real é mais vantajoso quando há muita variação de faturamento?
Sim. Quando o faturamento sobe e desce ao longo do ano, o Lucro Presumido pode cobrar imposto acima da realidade. No Lucro Real, os impostos acompanham as oscilações do negócio. Por isso, empresas com sazonalidade — como comércios, distribuidores e serviços sob demanda — costumam ter melhor desempenho fiscal nesse regime.
5. Por que o Lucro Real exige contabilidade tão detalhada?
Porque os impostos dependem diretamente das despesas e receitas reais. Qualquer erro altera o cálculo do lucro tributável. Por isso, o governo exige registros completos para garantir precisão. Embora isso aumente a responsabilidade da empresa, também reduz riscos fiscais e melhora o planejamento financeiro. Consequentemente, quem mantém tudo organizado costuma pagar apenas o necessário.






